
O Movimento Antimanicomial, também conhecido como Luta antimanicomial, se refere a um processo organizado de transformação dos Serviços Psiquiátricos, derivado de uma série de movimentos políticos nacionais e internacionais. Tem o dia 18 de maio como data de comemoração no calendário nacional brasileiro. Esta data remete ao Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental, ocorrido em 1987, na cidade de Bauru, no estado de São Paulo. Na sua origem, este movimento está ligado à Reforma Sanitária Brasileira da qual resultou a criação do Sistema Único de Saúde (SUS); Está ligado também à experiência de desinstitucionalização da Psiquiatria, desenvolvida em Gorizia e em Trieste, na Itália, por Franco Basaglia nos anos 60.
Segundo Lobosque, em Experiência da Loucura, significa: “Movimento – não um partido, uma nova instituição ou entidade, mas um modo político peculiar de organização da sociedade em prol de uma causa; Nacional – não algo que ocorre isoladamente num determinado ponto do país, e sim um conjunto de práticas vigentes em pontos mais diversos do nosso território; Luta – não uma solicitação, mas um enfrentamento, não um consenso, mas algo que põe em questão poderes e privilégios; Antimanicomial – uma posição clara então escolhida, juntamente com a palavra de ordem indispensável a um combate político, e que desde então nos reúne: por uma sociedade sem manicômios”.
O manicômio é a tradução mais completa da exclusão social, controle, opressão e violência. Seus muros escondem a violência (física e psicológica) através de uma roupagem protetora que desculpabiliza a sociedade, fazendo com que cada um de nós tenha a falsa impressão de “amparar e tratar” nossos portadores de transtorno mental.
Como processo decorrente do Movimento Antimanicomial, temos a Reforma Psiquiátrica, definida pela Lei 10216 de 2001 (Lei Paulo Delgado) como diretriz de reformulação do modelo de Atenção à Saúde Mental, transferindo o foco do tratamento que se concentrava na instituição hospitalar, para uma Rede de Atenção Psicossocial, estruturada em unidades de serviços comunitários e abertos.
Mas, afinal, quem define o que é ‘maluquês’ e o que não é? A anormalidade perante o comportamento aceito de uma sociedade é indicativo de doença. Então loucura se refere a esta experiência humana de estar no mundo de uma forma diversa daquela que o homem considera como normal. E louco é o sujeito destas vivências e destas experiências. Os pacientes chegam em nossos consultórios nos pedindo que os ‘normatizemos’. Mas como podemos fazê-lo, se ser diferente é característica inerente àquele ser humano? Nos dias de hoje, há droga para quase todo tipo de doença, e a cada dia os cientistas desenvolvem novas moléculas, capazes de fazer ‘milagres’ e tornar nossos pacientes mais próximos do estereótipo ‘normal’, imposto pela sociedade. Porém, precisamos tomar consciência de que ali existe um ser humano que precisa ter sua liberdade, sua individualidade e exercer sua cidadania como qualquer um de nós.
A partir destes questionamentos, viu-se a necessidade de se modificar a maneira de ver a situação da “loucura” em nosso país. Esse movimento é bem mais amplo do que pode parecer. A ruptura com o modelo manicomial significa, para o movimento, muito mais do que o fim do hospital psiquiátrico. Não se trata somente de fechar os manicômios e soltar os "malucos" todos por aí. Significa enxergar a cidade como o lugar da inserção, onde haja a possibilidade de ocupação, produção e compartilhamento do território a partir de uma cidadania ativa e efetiva. Trata-se de criar condições de tratamento e reabilitação desses pacientes, afinal os manicômios eram nada mais do que depósitos humanos - e de humanos pobres, diga-se de passagem. Trata-se também de repensar os valores sociais e culturais que formam a nossa sociedade, e garantir a TODOS, sem exceção, nossos direitos de cidadãos.
Segundo Lobosque, em Experiência da Loucura, significa: “Movimento – não um partido, uma nova instituição ou entidade, mas um modo político peculiar de organização da sociedade em prol de uma causa; Nacional – não algo que ocorre isoladamente num determinado ponto do país, e sim um conjunto de práticas vigentes em pontos mais diversos do nosso território; Luta – não uma solicitação, mas um enfrentamento, não um consenso, mas algo que põe em questão poderes e privilégios; Antimanicomial – uma posição clara então escolhida, juntamente com a palavra de ordem indispensável a um combate político, e que desde então nos reúne: por uma sociedade sem manicômios”.
O manicômio é a tradução mais completa da exclusão social, controle, opressão e violência. Seus muros escondem a violência (física e psicológica) através de uma roupagem protetora que desculpabiliza a sociedade, fazendo com que cada um de nós tenha a falsa impressão de “amparar e tratar” nossos portadores de transtorno mental.
Como processo decorrente do Movimento Antimanicomial, temos a Reforma Psiquiátrica, definida pela Lei 10216 de 2001 (Lei Paulo Delgado) como diretriz de reformulação do modelo de Atenção à Saúde Mental, transferindo o foco do tratamento que se concentrava na instituição hospitalar, para uma Rede de Atenção Psicossocial, estruturada em unidades de serviços comunitários e abertos.
Mas, afinal, quem define o que é ‘maluquês’ e o que não é? A anormalidade perante o comportamento aceito de uma sociedade é indicativo de doença. Então loucura se refere a esta experiência humana de estar no mundo de uma forma diversa daquela que o homem considera como normal. E louco é o sujeito destas vivências e destas experiências. Os pacientes chegam em nossos consultórios nos pedindo que os ‘normatizemos’. Mas como podemos fazê-lo, se ser diferente é característica inerente àquele ser humano? Nos dias de hoje, há droga para quase todo tipo de doença, e a cada dia os cientistas desenvolvem novas moléculas, capazes de fazer ‘milagres’ e tornar nossos pacientes mais próximos do estereótipo ‘normal’, imposto pela sociedade. Porém, precisamos tomar consciência de que ali existe um ser humano que precisa ter sua liberdade, sua individualidade e exercer sua cidadania como qualquer um de nós.
A partir destes questionamentos, viu-se a necessidade de se modificar a maneira de ver a situação da “loucura” em nosso país. Esse movimento é bem mais amplo do que pode parecer. A ruptura com o modelo manicomial significa, para o movimento, muito mais do que o fim do hospital psiquiátrico. Não se trata somente de fechar os manicômios e soltar os "malucos" todos por aí. Significa enxergar a cidade como o lugar da inserção, onde haja a possibilidade de ocupação, produção e compartilhamento do território a partir de uma cidadania ativa e efetiva. Trata-se de criar condições de tratamento e reabilitação desses pacientes, afinal os manicômios eram nada mais do que depósitos humanos - e de humanos pobres, diga-se de passagem. Trata-se também de repensar os valores sociais e culturais que formam a nossa sociedade, e garantir a TODOS, sem exceção, nossos direitos de cidadãos.